O mundo poeticamente digital de Björk

Tamires Cardoso

Se a Björk não é uma das pessoas mais espetaculares do nosso tempo eu não sei quem é. Tá, eu sei, temos alguns bons exemplos, mas hoje é dia de falar dessa maravilhosa mulher Islandesa. A cantora sempre foi um prodígio, lançando seu primeiro álbum em 1977, com apenas 11 anos de idade, e que alcançou um disco de platina. Seu auge se deu nos anos 1990, mas seu último álbum de 2017, o Utopia, foi muito bem recebido.

Além de ser uma das vozes mais influentes da música alternativa, ela acumula alguns prêmios como Brit Awards, MTV Awards, Mojo Awards, e até mesmo um Polar Music Prize (que é considerado como um Prêmio Nobel da Música). E não é somente de música que aquele corpinho vive, no ano 2000 Björk ganhou um Cannes como Melhor Atriz, por sua atuação em Danser i Mørket (Dançando no Escuro), do aclamado dinamarquês Lars Von Trier.

A experimentação de Björk com realidade virtual em 360°, começou em 2015, quando em colaboração com o diretor Andrew Thomas Hang, realizaram o clipe de Stonemilker, música tirada de seu álbum Vulnicura (2015). Ainda em 2015, Björk lançou um app; o Biophilia, infelizmente disponível apenas para plataformas IOS, ou seja, Iphones e Ipads. O app é uma combinação de música, teoria musical e artes, e permite que o usuário crie experiências musicais, em um ambiente interativo.

Toda essa bagagem vanguardista intelectual e cultural da Björk culminou na Björk Digital, que é o seu mais novo projeto de realidade virtual, uma bela mistura de artes visuais e tecnologia. Trata-se de uma exposição-instalação, uma manifestação artística contemporânea, onde há elementos que estão organizados em um ambiente físico para que seja apreciado e observado.

Björk Digital nos presenteia com seis trabalhos imersivos interativos em 360°, extraídos de seu penúltimo álbum, o Vulnicura, são eles; Stonemilker, Black Lake, Mouth Mantra, Quicksand, Family e Notget. As obras podem ser vistas com óculos de realidade virtual.

E quem irá receber essa expo? Isso mesmo, nada mais, nada menos do que o MIS (Museu da Imagem e Som). Conhecido por receber as exposições mais legais e badaladas de São Paulo, na sua grande maioria sempre relacionadas com cultura pop, e experiências audiovisuais.

Além dos seis vídeos, Björk Digital, apresenta também o seu projeto educativo Biophilia, assim como uma sala na qual o público pode conferir alguns de seus videoclips, assinados por diretores como Michel Gondry e Spike Jonze.

A mostra, que tem curadoria do Manchester Internacional Festival, e está viajando desde 2016, onde estreou em Sydney, já passou por Tóquio, Barcelona, Cidade do México, Moscou, Montreal, Londres, Los Angeles, e essa é a primeira vez no Brasil.

A exposição teve início no dia 18 de junho e vai até 18 de agosto.

Dica da Tame: Não sei vocês, mas eu tenho essa mania de ouvir algo enquanto leio. Então deixo para hoje uma música linda da Björk de 1995, It’s Oh So Quiet , e se eu fosse você procuraria também o vídeo clipe dirigido pelo Spike Jonze.

Quer saber onde é?!

MIS – Av. Europa, 158.

Ah, e não esqueça que às segundas-feiras não abre. De terça à sábado funciona pontualmente das 10h às 20h. Domingo a partir das 9h, indo até as 18h.
Classificação indicativa 14 anos.
Os valores são R$30 (inteira) e R$15 (meia).

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